CÃO RECEBE MARCAPASSO NA UNESP DE BOTUCATU

16/03/2016 - 11:03

 A cachorra da raça Schnauzer de nome Joana foi submetida a uma cirurgia no Hospital Veterinário da Unesp para instalar um marcapasso. O animal estava com síncopes (desmaios) muito frequentes e convulsões. O procedimento foi muito bem sucedido.

 
O eletrocardiograma da paciente apontou alterações compatíveis com uma enfermidade denominada Síndrome do Nodo Doente, muito comum em fêmeas da raça Schnauzer.
 
Um monitoramento de 24 horas dos batimentos cardíacos do animal confirmou o diagnóstico. “Ela apresentou alterações significativas, com pausas longas nos batimentos que provocavam os desmaios. Chegamos a registrar pausas de 8 segundos. Pela gravidade do caso, sabíamos que teríamos resultados parciais com os medicamentos. O que realmente daria sobrevida a ela seria o implante do marcapasso”, explica a pós-graduanda Amanda Sarita Cruz Aleixo.
 
A equipe do Serviço de Cardiologia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zoonose se mobilizou para buscar viabilizar a implantação de um marcapasso na paciente. O professor Rubens Ramos de Andrade, da Faculdade de Medicina, foi contatado e se dispôs a colaborar no caso. Além de ceder o marcapasso, o professor Rubens, com apoio dos residentes em Medicina André Garzesi e Leonardo Garcia e acompanhamento da equipe da FMVZ, realizou a cirurgia de implantação. Em razão das condições e equipamentos necessários, o procedimento foi realizado nas instalações da Cirurgia Experimental da Faculdade de Medicina.
 
A anestesia foi feita pela equipe do Serviço de Anestesiologia Veterinária da FMVZ, com a residente Carolina Hagy Girotto, a médica veterinária Natache Garofalo, a pós-graduanda Mariana Werneck, sob a supervisão do professor Francisco José Teixeira Neto. Uma medicação importante utilizada no procedimento foi cedida pela professora Patrícia Fidelis de Oliveira, da Faculdade de Medicina.
 
Antes da cirurgia a proprietária foi alertada sobre a gravidade do caso e a possibilidade de óbito do animal. “Desde o início, ela assumiu os riscos e autorizou o procedimento. Tudo foi feito com muita cautela, com todos os materiais, medicamentos e equipamentos, inclusive os necessários para possíveis intervenções de emergência”, ressalta a pós-graduanda Angélica Affonso.
 
A evolução do caso tem agradado a equipe. “Os desmaios cessaram completamente e o animal apresentou uma melhora significativa até o momento”, conta Amanda.
 
JcNet

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