ADAPTAÇÃO DO HORÁRIO DE VERÃO PODE DEMORAR ATÉ 7 DIAS

16/10/2017 - 10:13

Longe de ser unanimidade, o horário de verão começou ontem (16). E muita gente costuma sentir os efeitos da mudança no organismo. Segundo o médico Marcos Pontes, a adaptação pode demorar até 7 dias.

Para que o processo não seja tão doloroso, o médico orienta que as pessoas tentem acostumar o organismo a dormir uma hora antes. Segundo ele, a mudança de horário altera a ordem temporal interna do nosso corpo, que regula os ritmos de sono e temperatura. "Com o horário de verão, tendo um desajuste, entra em uma fase de desordem temporal interna. Então, as pessoas acabam tendo que gerar uma nova sincronização porque esses ritmos têm fases diferentes."
 
As consequências da mudança de horário no organismo podem ir desde mal estar, dificuldades para dormir, sonolência diurna e até alterações de apetite. Segundo Pontes, é preciso tomar alguns cuidados nos dias seguintes à mudança de horário, como evitar dirigir distâncias longas. "É a mesma coisa de fazer uma viagem de um fuso horário para outro, tem um período para o organismo se adaptar àquele novo horário", diz o médico.
 
Os idosos e as crianças, por terem uma necessidade maior de sono e de rotina, podem sentir mais os efeitos da mudança de horário. "Principalmente as crianças que vão para a escola de manhã, vão ter que levantar uma hora mais cedo, podem ter uma sonolência maior pela manhã. Mas isso é uma coisa de hábito mesmo, é só manter aquele ritmo que o organismo vai se habituar", afirma Pontes.
 
Uma dica para melhorar a adaptação é dormir com a janela aberta, para que a luminosidade natural ajude a despertar mais cedo.
 
Alimentação também muda
 
Segundo a nutricionista Luciana Novaes, o impacto maior na alimentação em relação ao período de horário de verão está no calor mais latente das temperaturas que a época provoca. Por isso, uma alimentação leve é a base fundamental para não sobrecarregar o organismo.
 
"Acordar uma hora mais cedo influencia o relógio biológico da pessoa, mas não há alimentação específica para isso. É uma questão de adaptação mesmo, igual a um fuso horário. Não há conduta alimentar que diminua esse impacto. A orientação sempre será refeições leves tanto pelo calor quanto pelo período de adaptação do organismo ao novo horário alimentar", explica a profissional apresentando pequenas dicas de uma alimentação mais equilibrada.
 
JCNET.

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