CISNES E PEIXES VOLTAM AOS CANAIS DE VENEZA DURANTE A QUARENTENA.

20/03/2020 - 12:41

 Itália enfrenta uma das maiores tragédias da sua história, com o maior número de mortes pelo novo coronavírus3.405, superando a China, que soma 3.130 e foi onde o vírus começou a se alastrar. Esta semana, o país ainda registrou 475 mortes em um único dia, número recorde também, desde que a epidemia chegou lá. E o total de casos confirmados aumentou 5.322, saltando de 35.713 para 41.035. A tristeza é profunda, mas a quarentena forçada para conter o vírus, também trouxe boas notícias.

Um efeito colateral inesperado, ou melhor, não imaginado, que é facílimo de compreender, se apoderou de algumas paisagens. Pela primeira vez sem turismo, em décadas, as cidades estão desertas e silenciosas.

Em Veneza, por exemplo, livre da infinidade de pessoas e de barcos, gôndolas e ônibus aquáticos a diesel que circulam pelos canais todos os dias, as águas ficaram limpas, cristalinas, trazendo peixes e cisnes de volta.

O mesmo acontece nos lagos de Roma e no porto de Cagliari, na Sardenha, onde agora se pode ver patos e golfinhos, respectivamente.

Isso acontece porque os sedimentos que eram “cutucados” por hélices e pás, se depositaram no fundo dos lagos, canais e portos, deixando a água sem poluição ativa. Isso quer dizer que a qualidade da água não se alterou, apenas seu aspecto, e, por isso continua poluída.

Mas a “pequena” mudança se traduziu em um convite para os bichos que antes deviam circular por lá. O ar também está limpo, respirável. E, assim, a paisagem, além do silêncio e da calmaria, ganhou novas vidas, habitantes muito bem vindos que nos dizem que vale desacelerar, contemplar e tentar explorar de forma mais leve e com pouquíssimo impacto o que a natureza nos oferece, todos os dias.

Fonte: Mônica Nunes

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