Distrito de Marília ganha espaço para ampliar atendimento com equoterapia

05/12/2013 - 08:19

 Quem busca a equoterapia em Marília  tem um novo espaço no distrito de Rosália, que deve absorver a demanda de tratamento na cidade. São 400 novas vagas para atender crianças especiais. O ator da Rede Globo, Marco Pigosi, visitou o local com a mãe, Mariness, idealizadora do projeto.

 

Por causa de uma parada cardiorrespiratória após uma cirurgia, Maria Luíza, de cinco anos, teve falta de oxigenação no cérebro. A menina perdeu os movimentos do corpo e da fala.

 

A equoterapia foi indicada pelos médicos para auxiliar na recuperação. O problema é que a mãe não consegue vaga em Marília e o único local que oferece o tratamento de graça na cidade é a Polícia Militar. No entanto, a lista de espera é grande.

 

"Eles seguem uma lista. Provavelmente a Maria Luíza estará entrando no início ou no final de 2015. E para mim é muito difícil esperar todo esse tempo até o final de 2015. E, infelizmente, eles não têm condições desse trabalho, de aumentar um dia, porque eles não dependem só de lá. Eles dependem de vários voluntariados, de ajuda da faculdade, tudo", contou a professora, Marisa Pinheiro Diniz.

 

O Centro de Equoterapia no distrito de Rosália deve mudar essa demora. O espaço foi adaptado em uma fazenda de cana de açúcar. As casas que serviam como moradia para os funcionários se transformaram em salas de aula.

 

Foram montadas ainda 17 baias para abrigar os cavalos e todos doados. A ideia surgiu depois que a fisioterapeuta Mariness Sanches Maldonado fez um famoso curso para domar cavalos nos Estados Unidos. "Lá eu vi o trabalho do autismo e fiquei encantada e, falei, por que não? Vamos dividir um pouco da sorte de tudo que Deus dá para a gente", disse.

 

Nascida em Marília, Mariness é mãe do ator Marco Pigosi, que foi protagonista da última novela das sete da Rede Globo. Ele era o bento, de “Sangue Bom” e esteve na cidade para visitar as instalações do centro. "Eu me sinto muito orgulhoso como filho de poder participar e de alguma maneira poder ajudar. E a gente poder ajudar, já que é uma coisa que realmente falta, é uma coisa que poucas pessoas podem ter acesso, um tratamento relativamente caro. E a gente tem esse espaço que Deus deu pra gente e a gente vai fazer um bom proveito disso", avisou Marco.

 

 

 

O centro tem capacidade para atender até 400 crianças por mês. Todos os profissionais que trabalham com esses pacientes são voluntários. Uma dessas pessoas é a pedagoga Eliana Maria Boiça. Ela trabalhou durante oito anos na Apae de Júlio Mesquita e, agora, que ajudar pacientes de Marília.

 

Com o trabalho no Centro de Equoterapia, a pedagoga vai ficar bem perto do filho Maurício, que nasceu com síndrome de Down e não esconde o carinho pelos animais. "Eu vou plantando um pouquinho da sementinha aqui, um pouquinho ali, no caso trabalho voluntário”.

 

A equipe de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos é formada ainda por estagiários fornecidos por uma universidade de Marília. Além do trabalho com os cavalos, a ideia é que as crianças tenham aulas que possam ajudar no desenvolvimento físico e mental delas.

 

"Melhora toda a parte de coordenação motora, a parte fisiológica, movimentos e a parte emocional. Melhora na autoestima, melhora no comportamento, melhora a socialização dessa criança. Tanto dentro da instituição quanto no meio em que ela vive", avisou a psicóloga, Aline Pardal.

 

Alessandra nasceu com hidrocefalia, um problema que impede que o cérebro funcione plenamente. A mãe dela está satisfeita com os resultados da equoterapia. "Ela caía fácil, qualquer coisa ela caía, tropeçava. Hoje está bem melhor", finalizou Sueli de Lima Dias.

 

Via. G1

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