15/03/2013 - 09:19
A impossibilidade de cumprir os descontos prometidos pela presidente Dilma nos preços de produtos da cesta básica provocou uma guerra entre a indústria e o varejo.
De um lado, os supermercados pressionam fornecedores para reduzir os preços na mesma proporção anunciada pela presidente. Algumas redes se recusaram, nesta semana, a receber mercadorias com reduções de preço inferiores aos 9,25% prometidos.
De outro, fabricantes de diversos itens -como café, açúcar e margarina- já comunicaram ao Ministério da Fazenda que, pelas regras atuais, não têm como cortar 9,25%.
O motivo é a complexidade do sistema tributário.
O governo fez uma conta simples: zerando a alíquota de 9,25% de PIS e Cofins, os preços cairiam nessa proporção. Mas os elos anteriores da cadeia produtiva não foram desonerados. A venda de soja e embalagem para a produção de margarina, por exemplo, paga PIS e Cofins, o que gera um crédito tributário para a indústria.
Mas, com a alíquota zero na venda ao varejo, o fabricante, que antes abatia esses créditos do pagamento, não terá mais como aproveitá-los.
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