JUSTIÇA SUSPENDE FECHAMENTO DE ESCOLA ESTADUAL EM AGUDOS

02/12/2015 - 10:49

Após liminar da Justiça suspendendo o fechamento da Escola Estadual Padre João Batista de Aquino, em Agudos, ontem de manhã, cerca de 70 estudantes que ocupavam a unidade desde o último dia 19 decidiram deixar o prédio. Pela decisão, o Estado também fica obrigado a efetuar a rematrícula dos alunos.

O pedido de liminar foi feito pelo Ministério Público (MP) nos autos de ação civil pública ajuizada na semana passada contra o Estado. A Promotoria entende que o processo de reorganização irá trazer prejuízos aos alunos.  Além da distância que os estudantes terão de percorrer até a escola para onde o Estado pretende transferi-los, o promotor de Justiça Neander Sanches questiona a falta de acessibilidade na nova unidade de ensino.
 
Na liminar, que prevê multa diária ao Estado de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão, o juiz Ricardo Venturini Brosco pontuou que os direitos à educação e ao ensino fundamental devem ser assegurados “com absoluta prioridade”.
“Presente o perigo de dano irreparável, pois o fechamento da escola obrigará os alunos a efetivar a rematrícula em escolas distantes de suas residências e não adaptadas para alunos com necessidades especiais”, ressaltou.
 
A Padre Aquino possui 500 estudantes matriculados nos ciclos fundamental II (do 6º ao 9º ano, com idades entre 11 e 14 anos) e médio (1º ao 3º ano, com idade entre 15 e 17 anos) e é equipada com sala de vídeo, biblioteca e quadra coberta.
Pela proposta do governo do Estado, os alunos seriam transferidos para a escola João Batista Ribeiro, que fica no Jardim Santa Terezinha.
 
A Dirigente Regional de Ensino em Bauru, Gina Sanchez, diz que a decisão de fechar a Padre Aquino foi precedida de estudos que levaram em conta a redução na demanda de alunos, baixos índices no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo).
 
 
Fonte/Imagem JCNET

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