MC GUI LANÇA EP POP E DIZ QUE ORIGEM NO FUNK O FEZ 'SER VISTO COMO MARGINAL'

31/08/2016 - 08:50

O caminho entre bailes funk e festivais pop não é inédito. Anitta, Ludmilla, Naldo e Guimê ficaram conhecidos primeiro entre funkeiros para depois entrar em line-ups mais sortidos. MC Gui quer colar de vez nesse bonde com um novo EP.

Não por acaso, pediu aos produtores de Anitta e Ludmilla, os cariocas Umberto e Mãozinha, para darem uma... mãozinha. "Quero ir além do funk pois tem muito preconceito", diz Gui ao G1. "Por ter MC no nome, as pessoas me julgam como se fosse marginal, não um cantor."

Gui despontou no auge do funk ostentação de São Paulo, aos 15 anos. Ganhou fãs novinhas com letras mais leves e o mote de "ostentar superação" do hit "Sonhar". "Fui evoluindo. Passei a ser meio pop e quero muito mais", diz ele, hoje com 18. "Quero mostrar que tenho esse talento", diz sobre as três faixas novas. "Que não sou marginal, sou artista e quero meu espaço." Para isso, vai de reggaeton ("Ela é perfeita"), funk-pop à "Get lucky" do Daft Punk ("Que pressão") e reggae romântico ("Na hora do amor").

'Favela na veia'
Não que Gui renegue o passado dos bailes. "Tenho orgulho. É bom a gente ver que não veio de berço de ouro." Mesmo não se considerando mais "funkeiro", ele diz que o estilo tem "o melhor público" e "o som que mais gosta de escutar". "A gente sai da favela, mas a favela não sai de nós. Está na veia e eu tenho muito orgulho de onde eu vim".

Gui mudou, mas os cabelos continuam parecidos com os de Justin Bieber: da franjinha morena do passado ao loiro platinado de agora. "As pessoas usam a palavra copiar, que é diferente de inspiração", defende-se. "Por que não posso fazer tatuagem com meu sobrenome, se achei bonita, igual à que ele fez? [Sua tatuagem no pescoço é parecida com a de Bieber]". "Uso como inspiração, não cópia. Não existe cópia no mundo", decreta.

O "Bieber brasileiro" diz que ficou atento ao caso de outro cantor que também já foi chamado de "Bieber brasileiro": Biel. "Aprendi com o erro dele e espero nunca errar do jeito que ele errou. Não adianta falar que ele está certo. Aprendi e espero que nunca aconteça comigo", diz Gui.

Mas nem tudo tem a ver com Justin Bieber na vida de Gui. "Sou aquele fã que tem vontade de fazer tudo o que o cara faz. Mas não só ele [Bieber]. Também o Chris Brown, o Kanye West, Tyga", enumera.

"Assim como tenho vontade de conhecer Beyoncé, Rihanna. Porque hoje no Brasil ficou tudo muito fácil para mim. Conheci quase todos os artistas que existem aqui. Agora estou no patamar que quero ir para fora, dar um aperto de mão: 'Parabéns, seu trabalho é demais'." Ele ainda não chegou a Bey e Riri, mas é aquela coisa: "Sonhaaar, nunca desistir...".

Fonte: G1

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