PASSARELA CONTINUA NO PARQUE DO RIO JAÚ UM ANO APÓS A QUEDA

A queda de uma passarela entre o Parque do Rio Jaú e a Avenida Prefeito Luiz Liarte, no Jardim das Paineiras, completou um ano ontem – sem qualquer indício de que será retirada em breve. A demora na desobstrução do Rio Jaú contraria decisão judicial de dezembro, que determinou que a Prefeitura retirasse a chamada “pinguela”. A estrutura caiu durante uma forte chuva entre os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2017.

 

A decisão em caráter liminar partiu da juíza substituta da 4ª Vara Cível, Rafaela D´Assumpção Cardoso Glioche, na apreciação de ação civil pública movida pelo promotor José Francisco Ferrari Júnior. No dia 1º de dezembro, ela determinou a remoção em 20 dias, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.

 

“É fato notório que o período de chuvas se aproxima, o que torna a questão ainda mais urgente, em especial considerando que, segundo a Defesa Civil, a probabilidade de transbordamento do Rio Jaú é alta”, observou a magistrada na ocasião.

 

Os moradores do bairro planejam uma reunião para lembrar o “aniversário” da queda, marcada para amanhã às 15h. “A nossa apreensão é que, com o período de chuvas, a ponte barre o rio e se crie um desastre maior”, alerta o engenheiro mecânico Luiz Fernando Fernandes Camargo.

 

Impasse

 

Laudos foram solicitados para avaliar a melhor solução para o impasse. De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana, Antônio Sebastião Grizzo, um dos caminhos seria quebrar a estrutura em várias partes para facilitar a remoção.

 

A reportagem também apurou que a administração busca uma parceria com a concessionária Águas de Jahu para desobstruir o rio.

 

Por meio da assessoria de imprensa, a empresa informou que não recebeu nenhuma manifestação oficial a respeito do assunto.

 

O tema também ganhou a mobilização da Câmara. Segundo o vereador João Pacheco (PSDB), é necessária a realização de um estudo ambiental, já encomendado, para licitar a manobra de retirada.

 

Conhecida em Jaú por “pinguela”, a passarela tem aproximadamente 70 toneladas. Foi projetada pelo arquiteto Vilanova Artigas, no Plano de Desenvolvimento Acelerado empreendido na década de 70. A obra foi a última intervenção do profissional por aqui, em 1978.

 

COMÉRCIO DO JAHU