POLÍCIA CIVIL DESARTICULA QUADRILHA QUE ROUBAVA CHÁCARA

23/01/2018 - 10:56

 A Polícia Civil de Bauru desarticulou uma quadrilha que furtava chácaras de veraneio na cidade e em municípios da região. Os cinco integrantes já identificados - todos moradores das regiões norte e noroeste de Bauru - foram relacionados, até o momento, a 13 crimes cometidos ao longo de 2017, que geraram um prejuízo estimado em mais de R$ 300 mil.

O número de ocorrências, contudo, ainda pode subir para mais de 40, à medida que os objetos recuperados forem sendo reconhecidos pelas vítimas. Entre os bens furtados de chácaras de Bauru, Avaí, Iacanga, Piratininga e Reginópolis, estão barcos, motores de popa, motos, jet ski, trator, quadriciclo, geladeiras, máquina de lavar roupas, freezer, camas, caixas de som e acredite: até um cachorro da raça rottweiler.
 
"Eles arrombavam os imóveis e levavam tudo o que conseguiam, inclusive peças de roupa e ferramentas", conta o coordenador do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil, o delegado Richard Serrano.
 
Segundo ele, o líder do bando, Marco Antônio Cesário, 38 anos, conhecido como Cowboy, chegou a abater gado em algumas propriedades e comercializar os cortes mais nobres a R$ 20,00, o quilo, no Núcleo Fortunato Rocha Lima, onde morava.
 
Além dele, já estão presos Marcos Paulo Aparecido Tomiati Morales, 40 anos, e João Theodoro da Silva Filho, 38 anos. Cléber Porcario Pugliesi, 41 anos, e Nivaldo Campos Leite, 28 anos, estão com prisões preventivas decretadas, mas continuam foragidos.
 
Serrano explica que as investigações tiveram início há oito meses, quando a Polícia Civil passou a registrar um elevado número de ocorrências de furto em propriedades rurais. "O modus operandi era sempre o mesmo: eles invadiam os imóveis de madrugada com a certeza de que não havia ninguém no local e levavam tudo. Desde a prisão do primeiro indivíduo, em dezembro, nenhum outro furto parecido voltou a ocorrer", destaca.
 
RASTROS
 
Com base nos rastros deixados nas chácaras, as apurações iniciais apontaram que a quadrilha utilizava mais de um carro e um caminhão. A partir desta informação, o SIG teve acesso a imagens coletadas por radares inteligentes das proximidades dos imóveis nos dias dos crimes. "Foi, então, que descobrimos que eles usavam uma carretinha para transporte, um Golf e um Monza, mas não conseguimos ver as placas. Em dezembro, a Polícia Civil de Piratininga identificou Marcos Paulo, envolvido em um furto ocorrido naquela cidade um mês antes. Como ele era morador de Bauru, o SIG acompanhou e, na ocasião, muitos objetos furtados foram localizados na casa dele".
 
 
Mesmo sem conseguir prender o primeiro integrante, a equipe descobriu que Marcos Paulo era visto frequentemente na companhia de Marco Antônio, dono do Golf. "Soubemos, então, que este segundo indivíduo estava sempre com o João Theodoro e que ambos descarregavam diversos objetos na casa de Marco Antônio com a ajuda de uma carretinha e um caminhão, sempre de madrugada", detalha.
 
O monitoramento de parte da quadrilha revelou que eles planejavam, em dezembro, furtar uma chácara na região de Avaí. A PM frustrou a ação, mas o bando conseguiu fugir.
 
O Monza de Cléber, em que estavam ele e Nivaldo, foi abandonado com objetos furtados e chapéus de pescador com os protetores de nuca furados, usados, provavelmente, para cobrir o rosto dos criminosos.
 
AS PRISÕES
 
Em 20 de dezembro, um dia depois de um novo furto ocorrer em Iacanga, a Polícia Civil prendeu Marco Antônio na residência que ele utilizava para armazenar os itens levados. "No local, encontramos até um rottweiler furtado de uma chácara em Reginópolis quatro meses antes", acrescenta Richard Serrano.
 
As prisões preventivas dos demais integrantes foram decretadas pela Justiça na sexta-feira passada. No sábado, a PM prendeu João Theodoro em casa e, na manhã de domingo, Marcos Paulo, também em sua residência. Nos dois imóveis, mais materiais furtados foram apreendidos. Os três seguem recolhidos no CDP e responderão a inquérito por associação criminosa e furtos qualificados.
 
Um homem identificado como patrão de Cléber, que adquiriu do acusado um barco e dois motores de popa por R$ 2 mil, responderá em liberdade por crime de receptação. Quem tiver informações sobre o paradeiro de Cléber e Nivaldo pode fazer denúncias anônimas pelos telefones 197, 181 ou 190.
 
JCNET.

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