POLICIAL ATIRA NA ESPOSA EM BAURU

10/11/2017 - 09:47

Um homem de 38 anos foi preso em flagrante acusado de tentativa de feminicídio, na última quarta-feira (8) à noite, no Parque das Nações, em Bauru. O policial militar Daniel Giansante teria atirado na própria esposa com uma pistola .40 Taurus, pertencente à corporação. A vítima foi atingida com, pelo menos, três disparos e está internada em estado grave. O casal tem um filho ainda bebê.

Titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Bauru, a delegada Priscila Bianchini Alferes relata que a vizinhança ouviu a briga, além dos tiros, e acionou a Polícia Militar, que encontrou Juliana Giansante, de 35 anos, com vida.
 
Ainda segundo a delegada, a mulher foi atingida na região do tórax, bem como da subclavícula, e, ontem (9), passou por cirurgia no Hospital de Base de Bauru, porque uma das balas havia se alojado em sua coluna.
 
Tanto o policial quanto a arma de fogo foram encaminhados à Central de Polícia Judiciária. Não se sabe a motivação da briga do casal, já que a esposa está inconsciente e o policial decidiu falar somente em juízo. 
 
Agora, a delegada instaurou inquérito e pretende ouvir as pessoas próximas ao casal e, se possível, a própria vítima.
 
Em nota, a assessoria de comunicação da PM esclarece que Giansante pertence ao 27.º Batalhão de Polícia Militar do Interior, de Jaú. O policial estava de folga e armado dentro de sua residência, em Bauru.
 
Comandante da 1.ª Companhia da PM de Jaú, o capitão Sérgio Henrique Murad afirma que Giansante é soldado, função que desempenha há aproximadamente oito anos, sendo dois na companhia que Murad coordena. 
 
Segundo o capitão, o soldado nunca apresentou qualquer falha de conduta e trabalhava tanto na parte administrativa quanto nas ruas.
 
Como é de praxe, a PM deve instaurar processo administrativo para avaliar a conduta dos policiais, fato que pode culminar, até mesmo, em sua expulsão.
 
Ontem (9) à noite, a reportagem entrou em contato com o advogado de Giansante, Sidiney Nery de Santa Cruz. Ele afirmou que, como o soldado se reservou ao direito de falar somente em juízo, a defesa ainda não possui uma tese definida.
 
O policial passou por audiência de custódia e teve sua prisão em flagrante convertida para preventiva. Ele foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes, na Capital Paulista.
 
JCNET.

Clique aqui para ver outras notícias!