USINA EM DOIS CÓRREGOS SUSPENDE ATIVIDADES POR 2 ANOS

14/11/2017 - 07:20

A Raízen irá suspender por dois anos as atividades industriais da usina de Dois Córregos. O anúncio foi feito ontem (13) de manhã a fornecedores de cana com a promessa de que eles não serão afetados. O prefeito da cidade já adiantou que irá agendar reuniões com a direção da empresa para tentar reverter a decisão. Ele estima que, com a paralisação, cerca de 130 funcionários perderão seus empregos.

Além da unidade de Dois Córregos, a Raízen informou que também irá suspender pelo mesmo período as operações da usina Tamoio, localizada em Araraquara. Em nota, o grupo diz que "a paralisação se dará devido a um cenário de menor disponibilidade de cana-de-açúcar nestas regiões e otimização logística e de produção da Raízen".
 
Segundo a empresa, os contratos com fornecedores serão mantidos. "A cana-de-açúcar destinada às unidades Dois Córregos e Tamoio será redirecionada a outras unidades da empresa, não havendo redução da moagem total do Grupo Raízen. A operação agrícola própria e dos fornecedores de cana da Raízen não será impactada", diz.
 
O prefeito de Dois Córregos, Ruy Diomedes Favaro (PTB), conta que foi informado sobre a suspensão das atividades da usina ontem (13) de manhã. "Em reunião administrativa realizada em Piracicaba na sexta-feira, eles decidiram que iriam colocar a usina de Dois Córregos em processo de hibernação por um período de dois anos", declara.
 
DEMISSÕES
 
De acordo com ele, a paralisação terá início em abril de 2018. Até lá, Favaro revela que 130 funcionários deverão ser demitidos. "A cidade está bem triste porque isso reflete em famílias vivendo novamente o desemprego, em um comércio que vive um momento delicado e vai ser enfraquecido e, no caso da administração, em baixa na arrecadação", lamenta. O chefe do Executivo explica que iniciou estudos para criar um Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico que possa acompanhar reuniões com a direção da Raízen. O objetivo é tentar convencer a empresa a rever a decisão. "Para nós, é um trauma muito significativo. É uma usina que está em atividade há mais de cinco décadas", afirma.
 
JCNET.

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