MÁQUINAS E COMPUTADORES ILEGAIS SERÃO DOADOS PARA PROJETOS SOCIAIS

19/09/2017 - 10:14

Em Jaú, máquinas caça-níqueis e computadores de bingos clandestinos apreendidos pela polícia, que hoje ficam acumulados em depósitos nas delegacias durante a fase de investigação criminal, poderão ser reciclados por alunos de cursos técnicos e destinados a entidades assistenciais do município.

A proposta, do vereador Fábio Eduardo de Souza, conta com o apoio da Polícia Civil, do Poder Judiciário, órgão responsável por autorizar a reutilização das máquinas apreendidas, e da Faculdade de Tecnologia de Jaú, entidade que atuará na reciclagem dos equipamentos.
 
João Roberto de Castro, assessor do parlamentar, conta que a iniciativa já existe em outras cidades. A ideia é que, após a decretação do perdimento das máquinas ilegais pelo Juizado Especial Civil e Criminal, com base em laudo da Polícia Civil, elas sejam encaminhadas para a Fatec de Jaú.
 
Na instituição, segundo Castro, alunos do curso de Gestão da Tecnologia da Informação poderão colocar em prática seus conhecimentos teóricos desmontando os equipamentos, reconfigurando os sistemas e reaproveitando as peças para que eles possam ser usados para fins não-criminais.
 
O vereador propõe que, após a remodelação, os computadores sejam catalogados e doados para entidades assistenciais cadastradas, como Casa da Criança, Pró Meninas, Nosso Lar, asilos, entre outros. Além de servirem para cursos de formação, eles poderão reforçar as áreas administrativas.
 
OFICIALIZAÇÃO
 
Durante reunião recente entre Souza, a juíza do Juizado Especial Civil e Criminal de Jaú, Betiza Marques Soria Prado, o coordenador da Central de Polícia Judiciária da cidade, delegado Gláucio Eduardo Stocco, e representantes da Fatec local, o convênio entre as partes foi encaminhado.
 
Segundo Stocco, como já existe convênio vigente entre o Tribunal de Justiça e o Centro Paula Souza, que administra as Fatecs, para o encaminhamento de máquinas caça-níqueis, é necessário apenas um trâmite burocrático por parte do Judiciário para incluir a unidade de Jaú nesse convênio.
 
"Já me encaminharam pedido de liberação das máquinas, fiz o encaminhamento para a juíza e, agora, só estamos aguardando o acréscimo da Fatec de Jaú nesse convênio para poder liberar essas máquinas que vão ser reaproveitadas e reutilizadas de forma a reverter em benefícios para a comunidade", ressalta.
 
"A partir do momento em que esse projeto for divulgado e estiver funcionando, eu acredito que vai servir para a população, inclusive, denunciar de forma mais efetiva esse tipo de contravenção porque vai estar auxiliando a comunidade".
 
JCNET.

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