Morre aos 77 anos o ator, apresentador e produtor musical Luiz Carlos Miele

14/10/2015 - 12:40

 O apresentador, ator e produtor musical Luiz Carlos Miele, 77 anos, teve um mal súbito e foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (14) em sua casa em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo a empresária de Miele, ele e a mulher, Anita, saíram para jantar na noite de terça-feira com amigos. Ao acordar nesta quarta-feira, Anita ela encontrou o marido caído no chão.

Amigo de Miele há quase 50 anos, Ronaldo Câmara foi até a casa da família quando soube da morte. "Ele estava bem de saúde, ótimo, cheio de planos", disse Câmara, que recebeu os médicos que atestaram o óbito na residência.

Artista de múltiplos talentos, Miele trabalhou com música, televisão, humor, teatro. Na televisão, um dos seus últimos trabalhos foi em "Geração Brasil", no papel de Jack Parker, em 2014. No mesmo ano, participou da competição Dança dos Famosos, no "Domingão do Faustão", e da minissérie "A Teia", como o ex-senador Walter Gama. Em 2015, fez uma participação na novela "Boogie Oogie" como ex-gerente da boate Vogue.
 

Luiz Carlos Miele nasceu no dia 31 de maio de 1938, em São Paulo. Filho da atriz e cantora Irma Miele, frequentava o ambiente de emissoras de rádio e televisão desde pequeno. Aos 12 anos, participou do programa "Meu Filho, Meu Orgulho", na Rádio Excelsior de São Paulo. Também trabalhou na rádios Tupi e Nacional.

Em 1959, mudou-se para o Rio, onde conheceu o compositor Ronaldo Bôscoli, com quem formou a dupla Miele & Bôscoli, responsável pela pela direção e produção de diversos espetáculos. Atuante na bossa nova, foi um dos criadores do modelo de apresentação "banquinho e violão". Como produtor, trabalhou com artistas como Roberto Carlos, Wilson Simonal, Agnaldo Timóteo e Alcione. 

O "showman", como era chamado, começou a trabalhar na TV há mais de 60 anos. o", "Elis Especial", "Praça da Alegria", "Viva Marília" e "Batalha dos Astros".

 
Buscando sempre se reinventar na carreira artística, Miele dizia ter um arrependimento na vida: o programa "Cocktail", exibido no SBT entre 1991 e 1992. "Isso foi um mau passo da minha carreira. Aquilo era muito ruim. Eu fiz, mas não que eu tenha gostado", disse em entrevista ao UOL em 2012.
 
Em 1999, assinou a direção do espetáculo "Vivendo Vinícius", com Carlos Lyra, Toquinho, Miúcha e Baden Powell. No mesmo ano, passou a exercer a função de diretor de projetos especiais na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá, no Rio, onde produziu vários espetáculos, como "Um brasileiro chamado Jobim", com Roberto Menescal e Danilo Caymmi, "Minhas duas estrelas – Pery Ribeiro canta e conta – Dalva de Oliveira e Herivelto Martins" e "Essa Bahia chamada Caymmi", com Nana Caymmi, Dori Caymmi e Danilo Caymmi.
 
Depois de uma temporada afastado da televisão, retornou em 2002, para apresentar o programa de entrevistas "A Vida é um Show", na TV Educativa do Rio. Em 2005, viveu o advogado Wexler, no seriado "Mandrake", exibido pela HBO. 
 
Na Rede Globo, em 2008, participou de um episódio do seriado Casos & Acasos e, em 2011, do seriado Tapas & Beijos, como pai do personagem de Vladimir Brichta. No ano seguinte, interpretou um poderoso e corrupto político na minissérie "O Brado Retumbante", de Euclydes Marinho. 
 
Neste ano, ele tinha acabado de relançar o livro "Miele, o Contador de Histórias", com a estreia de uma nova turnê de mesmo nome. Na obra, Miele reuniu memórias com personalidades diversas com quem conviveu, como Elis Regina, Roberto Carlos, Simonal, Pelé, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Maysa.
Fonte :UOL
 

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