MP APREENDE PROVAS POR CRIMES DE RACISMO CONTRA MAJU COUTINHO

11/12/2015 - 10:15

 O Ministério Público de São Paulo coordenou, nesta quinta-feira, uma operação em oito estados para apreender provas por crimes de racismo contra a jornalista Maria Júlia Coutinho. Os suspeitos foram levados ao Ministério Público de cada região, onde foram ouvidos. As informações são do "Jornal Hoje", da TV Globo

O crime contra a apresentadora do "Jornal Nacional" aconteceu em julho deste ano. Ela foi alvo de ataques racistas em uma rede social.
 
A Justiça expediu 25 mandados de busca e apreensão em São Paulo, no Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em Goiás, a polícia descobriu que parte dos ataques partiu de um adolescente de 16 anos. Já em Fortaleza, foram apreendidos quatro celulares e um notebook. O suspeito foi convidado a prestar esclarecimentos, mas se recusou, e agora vai ser notificado formalmente. O perfil era falso e foi apagado.
 
— Mas isso não impede, evidentemente, de se identificar a localização exata de onde saiu essa mensagem criminosa — afirmou o promotor Manoel Epaminondas, em entrevista à emissora.
 
Em São Paulo, a polícia apreendeu o computador do auxiliar de produção Kaíque Batista, de 21 anos, um dos suspeitos de enviar mensagens de cunho racista para jornalista. Em entrevista à TV Globo, ele negou participação no crime, mas garantiu que ia apontar os culpados pelo ato contra a jornalista.
 
— Não, meu grupo não. Agora, o grupo que publicou, eu sei quem foi. E eu vou falar. Não vou segurar o rojão de ninguém.
 
Durante quatro horas, Batista foi ouvido pelo MP e, segundo a reportagem, delatou os grupos responsáveis por escrever as mensagens de cunho racista. Batista teria dito que os grupos se envolvem nesses crimes porque consideram a internet “uma terra sem lei”.
 
Em Sorocaba, no interior paulista, um dos líderes dos ataques foi encontrado em casa. No celular dele, os promotores se depararam com outros grupos contendo mensagens racistas.
 
De acordo com o promotor Christiano Jorge Santos, quando identificados, os responsáveis deverão responder pelos crimes de injúria, racismo e organização criminosa.
 
— Nós podemos pensar em penas que vão variar de dois a cinco anos no caso do racismo, de um a três anos no caso de injúria e organização criminosa, e as penas vão sendo somadas — disse o promotor, a TV Globo.
 
Fonte/Imagem O Globo
 

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