SUBPREFEITO É EXONERADO DE CARGO

07/11/2017 - 10:27

A suspeita de que pneus e combustível desapareceram das dependências da Subprefeitura do Distrito de Potunduva levaram à exoneração do subprefeito André Luiz Curvelo da Luz. A saída foi confirmada ontem à tarde na Câmara pelo líder do governo, José Carlos Borgo.

Oficialmente, a versão é a de que Curvelo pediu afastamento do cargo e teve a exoneração assentida pelo prefeito Rafael Agostini.

A crise no distrito teve o ápice na semana passada, quando o gerente Jefferson Vieira apontou suposto sumiço de patrimônio em barracão da subprefeitura. A denúncia levou cinco vereadores a assinar o pedido de abertura de Comissão Especial de Inquérito (CEI) – ainda falta uma adesão para que a apuração se confirme.
 
O chefe do Executivo determinou então a abertura de uma sindicância para apurar o caso. Diligência teria concluído que os pneus não desapareceram, o que motivou inclusive uma declaração formal de Vieira a respeito. Mesmo assim, o subprefeito perdeu o cargo.
 
Na Câmara, onde a oposição ainda vê esperanças em conseguir a última assinatura, a notícia provocou alvoroço.
 
“Fiquei sabendo há pouco que o subprefeito foi demitido. Agora que eu acho que temos que entrar com a CEI”, avaliou Tuco Bauab. “A CEI é montada para averiguar os fatos”, pontuou Luiz Henrique Chupeta.
 
Borgo, por sua vez, deu detalhes dos procedimentos adotados pela Prefeitura até aqui e disse que não vê margem para a comissão. “O prefeito tomou as atitudes”, manifestou. Para ele, Vieira também precisa ser exonerado, já que teria se valido de atestado médico para prolongar seu período na Subprefeitura, contrariando recomendação do Ministério Público para que todos os comissionados sem diploma fossem exonerados. O gerente não foi encontrado pela reportagem.
 
“Desanimado”
 
André Curvelo disse ontem à noite que pediu afastamento para que o inquérito seja conduzido com mais liberdade. Para ele, há um “confronto político” em Potunduva, o que motivou as denúncias. “Ele viu que eu estava crescendo mais, e quis me derrubar”, relata.
Segundo Curvelo, ninguém será nomeado para sucedê-lo até que as investigações terminem. No entanto, ele não sabe se volta. “Estou meio desanimado”, comenta.
 
COMÉRCIO DO JAHU.

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