APOSENTADO CONSTRÓI 'FOGUETES' E CHAMA ATENÇÃO EM BAURU

02/12/2016 - 10:12

Na cidade do astronauta Marcos Pontes, o céu é inspiração não só para alunos que sonham em estudar ciências espaciais, mas também por amantes de astronomia que nunca pensaram em chegar perto da Nasa. Em Bauru, o aposentado Adão Porfírio Xavier, de 80 anos, inovou na decoração e construiu um grande "foguete" no muro da casa onde mora. 

 
A obra tem 9,5 metros e chama a atenção de quem passa na rua. "Comprei o tambor no ferro velho e fiz. Foi feito no cravado no concreto para não ter perigo de voar. Eu gosto, amo as coisas do espaço”, explica.
 
Adão conta que sua paixão, por tudo que tem relação com o espaço, surgiu quando ele viu pela televisão o primeiro homem indo à lua, em julho de 1969. A partir de então, ele passou a acompanhar todas as notícias relacionadas ao assunto, como quando o astronauta brasileiro Marcos Pontes foi para o espaço.
 
“Eu ainda explico que ele não foi à lua quando as pessoas insistem que ele foi.” Nesta sexta-feira, é comemorado o dia da astronomia, que é a ciência que trata do universo dos corpos celestes, com o fim de situá-los no espaço e no tempo e explicar sua origem e seu movimento.
 
Além do foguete que pega dois andares da sua casa, também há outro foguete pendurado do lado de fora da casa e um telescópio cor-de-rosa feito com cano de PVC e ferro que chamam a atenção. “Estou virando criança outra vez. As ideias vem à cabeça e a gente inventa. Eu não tenho estudo, fui roceiro a vida toda e há uns 10 anos quando aposentei não tinha serviço, tinha que ocupar a ideia. Então estou sempre inventando as coisas”, diz.
 
E a criatividade do aposentado não se limita à sucata. Até meteorito feito com isopor, que era resto dos enfeites do desfile de carnaval em Bauru, é possível ver em exposição na casa dele.
 
Adão conta que muitas crianças ficam encantadas com todas as invenções à exposição na casa dele e pedem para visitar. “A criançada vem visitar, ficam olhando quando passam para ir para escola. Até os adultos param, ficam quase que hipnotizados”, revela.
 
As habilidades do aposentado não param nas invenções, ele também pinta quadros misturando tinta com materiais de sucata e recicláveis. “Falou de trabalhar com coisas manuais, de inventar, eu gosto”. Ele conta que já vendeu três quadros pintados por ele.
 
 
G1.

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