Janeiro Roxo

23/01/2018 - 09:12

Começamos a retratar a partir de hoje no nosso site e na nossa página do facebook sobre a hanseníase. Durante todo o mês de janeiro, campanhas em combate a doença estão percorrendo o país. Nessa primeira matéria do “Laço Roxo”, vamos falar sobre o que é a doença e os principais mitos e verdades.

A hanseníase, comumente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causa pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que lesiona os nervos periféricos e diminui a sensibilidade da pele. O distúrbio ocasiona em manchas esbranquiçadas em áreas como mãos, pés e olhos, mas ainda podem afetar o rosto, as orelhas, nádegas, braços, pernas e costas.
 
Felizmente, a doença tem cura, mas exige um tratamento prolongado para que não seja desencadeado problemas ao paciente ou a transmissão das bactérias para indivíduos de convívio próximo. Atualmente, sabe-se que não há necessidade do isolamento das pessoas, porque o SUS fornece medicação necessária para recuperação dos portadores da doença.
 
Nos dias de hoje a prevalência da doença está diretamente ligada a condições precárias de higiene, afetando regiões mais carente, como Brasil, Índia, Madagascar, Moçambique, Miamar e Nepal. O Brasil é considerado o país com maior número de casos de hanseníase na América Latina, com o valor estimado de mais de 33 mil doentes, em 2011.
 
SAIBA DIFERENCIAR
 
A hanseníase é uma das doenças mais antigas do mundo? Verdade. Existem relatos da doença de alguns séculos antes de Cristo. É conhecida como uma das doenças "bíblicas".
 
A hanseníase é uma doença contagiosa? Verdade. Sim. É doença contagiosa, porém de baixa infectividade. Tanto é que novos casos de hanseníase surgem, na maioria das vezes, em pessoas que têm contato direto com um doente, convivendo com ele diariamente. Essa é a regra. Existem casos novos em que a pessoa teve contato com o doente durante um período curto. A transmissão se dá pelas vias respiratórias de pacientes infectantes (secreção nasal, tosse, espirros, gotículas de saliva). Saliente-se que a maioria das pessoas tem defesas naturais contra a doença e, em adquirindo a hanseníase, terão formas não contagiantes e limitadas.
 
Hanseníase tem cura? Verdade. Sim. Os pacientes tratados adequadamente, com a medicação que é fornecida pela rede pública, obtém cura da doença em alguns meses, dependendo da forma clínica da hanseníase.
 
A doença pode levar a óbito? Mito. Não. Com o conhecimento aperfeiçoado sobre a doença ao longo dos anos e o advento das medicações contra as manifestações da hanseníase, todos os pacientes evoluem bem. No passado, somente com outras complicações clínicas é que aconteciam óbitos dos pacientes.
 
As manchas na pele são o principal sintoma da doença? Meia verdade. Os principais sintomas da doença estão relacionados à pele e nervos periféricos. Manchas de tonalidade clara, brancas ou levemente avermelhadas, acompanhadas de diminuição da sensibilidade local (como se fosse uma "anestesia" localizada), do número de pelos e da sudorese nessas áreas são as principais manifestações da doença. Ainda pode haver espessamento dos nervos periféricos, diagnosticados no exame dermatológico do paciente.
 
Pessoas que possuem hanseníase e já estão em tratamento não transmitem a doença. Verdade. Quanto ao tratamento e à transmissão da hanseníase, pode-se dizer que já no início da medicação, os pacientes não transmitem mais a doença ( 1-2 meses). Deve-se dizer também que, tal como em outras doenças contagiosas, os pacientes devem dirigir-se aos serviços especializados e seguir a orientação médica e de toda equipe de saúde para que se obtenha os melhores resultados de tratamento e controle da doença.
 
Informações: Blog da Saúde / Ministério da Saúde.

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