AUMENTO DE 10% PARA SERVIDORES É APROVADO NA CÂMARA

04/07/2017 - 09:47

Os servidores da Câmara de Jaú terão reajuste salarial de 10%, sendo 4,69% de reposição inflacionária e 5,31% de ganho real. O aumento, que será retroativo a 1º de março deste ano, foi aprovado ontem pela maior parte dos vereadores. 

O projeto de adequação da remuneração, de autoria da Mesa Diretora, foi votado em dois turnos: o primeiro durante a sessão ordinária de ontem, e o segundo em sessão extraordinária aberta logo na sequência pelo presidente Lucas de Barros Flores (PSD). 

O texto não depende de sanção do prefeito Rafael Agostini (PSB), e entra em vigor após a publicação no “Jornal Oficial de Jahu”. A Câmara tem 52 funcionários, entre concursados e comissionados, de acordo com informações do Portal da Transparência da Casa. Na justificativa do projeto, aponta-se que o aumento não compromete nenhum limite de gastos.
 
A matéria motivou polêmica por ser debatida e aprovada em meio ao dissídio dos servidores da Prefeitura. Os funcionários do Executivo chegaram a fazer greve, mas Agostini alega que o poder público não tem condições financeiras de conceder sequer a reposição inflacionária – o caso tramita na Justiça.
 
Durante a sessão, apenas o vereador José Aparecido Segura (PTB) fez uso da tribuna para comentar a proposta. Ele defendeu o aumento referente à inflação aos funcionários do Legislativo, mas criticou o ganho real de 5,31%.
 
“O duodécimo, que volta da Câmara para a Prefeitura, poderia ser usado para comprar merenda e remédios. Os funcionários da Câmara ganham muito bem. Fiz pesquisa, e a população é contra esse aumento”, declarou.
 
Primeira votação
 
Foi confusa a votação da revisão geral anual dos funcionários da Câmara. Inserido na Ordem do Dia da sessão ordinária de ontem, o projeto demandava discussão e votação em dois turnos. Portanto, esperava-se que o tema fosse decidido apenas na semana que vem. Contudo, o presidente Lucas de Barros Flores preferiu encerrar a questão, motivo pelo qual abriu sessão extraordinária.
 
O primeiro turno foi “fatiado”. O vereador João Pacheco (PSDB) pediu para que a proposta tivesse uma votação em destaque. Ou seja, o tucano solicitou que os dois aumentos (reposição da inflação e ganho real) fossem votados separadamente. A requisição foi aprovada pelos pares – apenas Agentil Cato (PSC), Guto Machado (PHS), Fernando Barbieri (PSB), Luiz Henrique Chupeta (PSDB) e Vivian Soares (PSB) foram contrários.
 
No debate sobre a reposição inflacionária, somente Roberto Carlos Vanucci (PSB) votou contra. Depois, explicou à reportagem que se enganou por causa do barulho na Casa no momento.
 
Ainda no primeiro turno, Fábio Souza (PMDB), Pacheco, Segura, Luiz Maurílio Moretti (PEN), Paulo César Gambarini (PSDB), Vanucci e Tuco Bauab (PMDB) manifestaram-se contra o ganho real. Os outros nove legisladores foram favoráveis à matéria, que foi aprovada.
 
Segunda votação
 
Logo após o fim da sessão ordinária, Flores deu início à sessão extraordinária, em que o aumento dos funcionários foi discutido em segundo turno. Desta vez sem divisão entre reajuste inflacionário e ganho real, o posicionamento dos vereadores foi o mesmo do turno anterior.
 
Após a aprovação em segunda discussão e votação, Flores encerrou a sessão extraordinária. Não houve tempo para que os vereadores fizessem uso da palavra livre, embora alguns deles tenham manifestado descontentamento com o encerramento dos trabalhos.
 
“Foi uma conduta normal. Se ninguém pede a palavra, a sessão termina. Eles não querem ser o primeiro a falar, então tomei a decisão. Independentemente do teor do projeto, é algo comum. Eles ficam esperando uns pelos outros”, justificou o presidente da Câmara.
 
COMÉRCIO DO JAHU.

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