DONA DE CANIL CLANDESTINO EM ITAPETININGA É MULTADA EM R$ 198 MIL

01/11/2016 - 08:09

A dona do canil clandestino, onde a polícia suspeita que era usado como uma “loja de animais de raça”, em Itapetininga (SP), foi multada em R$ 198 mil, afirmou a Polícia Militar Ambiental nesta sexta-feira (28). A penalidade leva em consideração os 54 cães que foram encontrados sob maus-tratos e seis animais mortos, sendo cinco cães e um burro. Para cada animal maltratado ela foi multada em R$ 3 mil, enquanto para cada morto em R$ 6 mil, explica a polícia.

No dia do flagrante, que aconteceu nesta segunda-feira (24), a Polícia Ambiental estimou que a multa pudesse ultrapassar R$ 120 mil. De acordo com a corporação, a mulher não chegou a ser ouvida pelos policiais, porém a multa será enviada ao endereço dela pelos Correios. Depois que ela receber, a mulher deverá ir até a corporação para definir como a multa será paga. Contudo, se ela não pagar, o caso vai para a Justiça, diz a polícia.
Ainda segundo a polícia, os cães de raça apreendidos no local foram distribuídos pela Organização Não Governamental (ONG) União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) entre voluntários da causa. Esses cães não podem ser doados até a finalização do processo criminal e administrativo contra a proprietária dos animais e do canil.
 
Investigação
O caso é investigado pelo 2° Distrito Policial de Itapetininga. A delegada responsável Valéria Murat afirma que a principal hipótese é de que os animais eram reproduzidos no canil e vendidos pelo fato de terem raças definidas.
“Até pela estrutura que tinha o canil. Ele estava sujo, mas era um local bem projetado para abrigar os animais. Também pelo fato que encontramos uma lousa com o nome e raça dos cães para organizar a reprodução deles”, aponta.
Segundo a delegada, a dona dos animais está viajando desde o flagrante de maus-tratos e um advogado já se apresentou à polícia em nome dela. “Vamos agendar uma data para ouvir a versão dela dos fatos. Como é um crime de menor potencial ofensivo, ela não será indiciada. Porém, o processo corre sem a presença dela caso ela não apareça”, conclui.
 
G1

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