Fabiano Romão (PHS), preso no dia 19 de janeiro deste ano reassumiu suas funções na Câmara de Bocaina.

04/06/2013 - 09:25

O vereador Fabiano Romão (PHS), preso no dia 19 de janeiro deste ano, durante operação da Polícia Federal (PF) de Araraquara, suspeito de integrar quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas, reassumiu suas funções na Câmara de Bocaina.

Ele obteve a liberdade provisória e, no dia 13 de maio, seu alvará de soltura foi expedido pela Justiça. No dia 17, Romão protocolou no Legislativo documentos comprovando que poderia exercer seu mandato.  Com base no Regimento Interno da Casa, o Jurídico entendeu que não existe nenhum impedimento legal para que ele se mantenha no cargo e ressaltou que o vereador não foi condenado por nenhum crime.

Apesar de ter sido empossado no cargo, Romão não participou de nenhuma sessão da Câmara. No dia 7 de fevereiro, ele deu entrada na Casa com pedido de concessão de licença para que ele tratasse de assuntos pessoais.

O Legislativo comunicou o fato à Justiça Eleitoral, que determinou a nomeação, em caráter temporário, do empresário do setor coureiro Edson Aparecido Valério (PPS), o Edinho, suplente da coligação.

Valério foi empossado no cargo no dia 8 de março e participou de uma sessão da Câmara pela primeira vez no dia 25 de março. Na sessão do dia 27 de maio, ele se despediu das funções parlamentares.

Romão, que não recebeu os subsídios de vereador durante o período em que ficou de licença, deverá participar de sua primeira sessão na Câmara no próximo dia 10.

Fabiano Romão, 35 anos, foi preso pela Polícia Federal (PF) de Araraquara, no dia 19 de janeiro, numa pista clandestina de pouso localizada na zona rural de Boa Esperança do Sul. Juntamente com A.L.C., de 26 anos, também morador de Bocaina, ele aguardava a chegada de uma aeronave carregada com entorpecente.

As investigações, que tiveram início uma semana antes, apontaram que o grupo criminoso seria liderado por M.W.O., considerado foragido. No dia da prisão, após adquirir combustível de aviação, a quadrilha seguiu para a pista de pouso, onde aguardava a droga, vinda do exterior.

Os policiais federais montaram campana no local e acionaram a Força Aérea Brasileira (FAB) para monitorar, via radar, a invasão e deslocamento da aeronave clandestina. A presença do avião da FAB chamou atenção dos membros da quadrilha que estavam em terra e a aterrissagem foi abortada.

Durante a ação, houve troca de tiros e A.L.C. acabou sendo morto. Já o vereador não conseguiu fugir do cerco policial e foi preso em flagrante por associação para o tráfico. Ele foi conduzido à Cadeia Pública de São Carlos, onde ficou detido à disposição da Justiça Federal.

Na pista de pouso, a PF apreendeu duas armas e dois veículos, um deles carregado com seis galões de combustível para aviação, que seria utilizado para reabastecer a aeronave. O avião foi acompanhado até a fronteira do país, mas resistiu à ordem da FAB para pousar e entrou no espaço aéreo paraguaio.

 

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