MOÇÃO DE REPÚDIO É DERRUBADA PELA CÂMARA DE JAÚ

03/10/2017 - 10:36

Os vereadores de Jaú rejeitaram ontem (02) a inédita moção de repúdio proposta contra o prefeito Rafael Agostini, elaborada pela oposição diante da “forma com que vem conduzindo a administração municipal”. O documento de João Pacheco e Maurílio Moretti ganhou o apoio apenas de Tito Coló Neto e Luiz Henrique Chupeta.

A moção está sustentada em sete situações, entre as quais falta de medicamentos, merenda, material escolar, recursos para o Corpo de Bombeiros e de reajuste para os servidores na campanha salarial deste ano.

Pacheco defendeu o repúdio e relatou ainda outros episódios que poderiam ser citados. “Ficaram de fora a questão dos ambulantes, o Centro da cidade está abandonado, a passarela que caiu no Jardim das Paineiras e que ninguém fez nada”, expôs.
 
Os demais vereadores só tocaram no assunto depois que a moção foi derrubada. Para Moretti, a rejeição era “esperada”. “Nas escolas não têm merenda e nos postos não têm remédio”, relatou. 
 
José Mineiro de Camargo (PSB) pediu paciência. Para ele, repudiar o prefeito significa repudiar seus eleitores. Tuco Bauab também foi contrário à moção, mas concordou com as críticas relacionadas com a Secretaria de Saúde.
 
Pouco efeito
 
Apesar da polêmica, moções, em geral, têm caráter puramente simbólico – em outras palavras, servem para quase nada.
 
Sua versão mais conhecida é a moção de aplausos, que reconhece iniciativas positivas, mas que têm efeito limitado. No primeiro semestre, a Casa de Leis da vizinha Barra Bonita chegou a aprovar uma moção de pelo amor de Deus para implorar melhorias em vicinal da cidade – o que não se concretizou.
 
Começou a tramitar ontem pela Câmara em Jaú projeto de lei que tenta limitar a concessão de honrarias desta natureza. A ideia é de Maurílio Moretti e Zé Mineiro. Os vereadores terão limite de até duas moções por ano – e não mais duas por mês.
 
Outro projeto que disciplina homenagens entrou nas comissões permanentes ontem, por iniciativa de Tito Coló. A lei cria mais exigências para que os homenageados recebam o título de cidadão jauense – outra honraria que costuma mobilizar a Câmara e recursos públicos para realização das sessões solenes.
 
COMÉRCIO DO JAHU.

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