NOVO GOLPE FAZ VÍTIMAS EM BAURU

28/11/2017 - 10:11

A criatividade e ousadia dos estelionatários não dão trégua. Um novo golpe registrado na Polícia Civil em Bauru nos últimos dias gerou alerta e, desta vez, as vítimas em potencial são estabelecimentos que possuem a modalidade de atendimento drive thru.

Ao se passar por cliente e fazer pedidos, o estelionatário faz de tudo para ter a máquina de cartões de crédito e débito em mãos, fingindo pagamento.
 
Ao pegar o equipamento, o golpista repassa para um acompanhante no banco de trás do carro, que troca a máquina por outra idêntica e já preparada no interior do veículo. Já programado com todos dados da empresa, mas com CNPJ de outra pessoa jurídica, o aparelho clone é devolvido à atendente, que não desconfia. E todos os pagamentos seguintes no drive thru acabam transferidos diretamente para a conta da quadrilha.
 
O novo golpe surpreendeu o Setor de Investigações Gerais da Central de Polícia Judiciária de Bauru, responsável pelas investigações.
 
Por meio das câmeras de segurança e da placa do carro usado, um Ford/Fiesta preto, a polícia conseguiu identificar um dos acusados, que inclusive, foi reconhecido, por fotos, pela atendente do restaurante. "Trata-se de Claudinei Ferreira da Silva, de 44 anos. Ele já tem registro criminal por estelionato e ficou preso em Marília", aponta o delegado Richard Serrano.
 
TARDE DEMAIS
 
O fato registrado na CPJ envolveu uma empresa no Jardim Panorama, região da avenida Nações Unidas, e ocorreu por volta das 19h do dia 17 de novembro. O caso chegou ao conhecimento da polícia, no entanto, apenas na última quarta-feira, data em que as investigações começaram.
 
A atendente trabalhou horas com a máquina do estelionatário, mandando valores para uma conta corrente em nome de uma outra pessoa jurídica, em Jaú. O prejuízo foi em torno de R$ 7.000,00. 
 
"Quando a empresa percebeu, era tarde. Até porque eles não possuem funcionário administrativo-financeiro aos finais de semana e os créditos são enviados para o beneficiário em até 48 horas, ou seja, até segunda-feira cedo, impedindo o bloqueio dos valores", detalha o delegado.
 
Portanto, essa modalidade de crime seria cometida preferencialmente às sextas-feiras.
 
QUADRILHA
 
Serrano diz ainda que, na data do crime, o estelionatário fingiu que o cartão não passou e até chegou a fazer o pagamento do pedido em dinheiro para não gerar desconfiança da atendente. Contudo, saiu do local sem ao menos pegar os produtos comprados.
 
"Agora, ele está com a máquina verdadeira da empresa. E é bem provável que faça as alterações nela para também usá-la como clone e fazer outra vítima", alerta o delegado.
 
Além do paradeiro do acusado, a polícia investiga a ligação de outras pessoas no crime. "Estamos diante de uma quadrilha, provavelmente. Havia outra pessoa no banco de trás do carro e o CNPJ era em nome de outra", observa Serrano.
 
Os crimes de estelionato e associação criminosa preveem penas de 4 a 8 anos de reclusão.
 
JCNET.

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