QUEM TEM RAZÃO? - PROFESSOR MARINS

13/10/2025 - 14:32

      Fizemos um pequeno experimento antropológico em algumas empresas com as quais trabalhamos em nossa consultoria. Iniciamos uma discussão que, com certeza, não teria consenso.

      O tema era polêmico. Deixamos a discussão correr solta até que começamos a fazer a mediação entre os vários lados e as várias opiniões contrárias entre si para tentar saber dos participantes quem tinha razão sobre aquele tema apresentado.

      O resultado foi que todos os lados afirmavam ter razão. E por mais que mostrássemos dados concretos, numéricos e irrefutáveis, todos os lados ainda afirmavam ter razão, independentemente das claras evidências contrárias.

      Embora os dados apresentados tivessem fonte segura e confiável, os que não concordavam continuavam com a sua opinião dizendo que os dados apresentados poderiam ser falsos ou manipulados, por mais corretas e confiáveis que fossem as fontes.

      Fizemos esse experimento para mostrar às lideranças o quanto é difícil fazer alguém mudar de opinião quando ela é arraigada e consolidada pela emoção e não pela razão.

      Assim, numa discussão sobre temas polêmicos, todas as pessoas acreditam que a razão está com elas e será sempre extremamente difícil fazê-las mudar de opinião.

      E no Brasil, por nossa cultura latina, quase toda discussão se torna emocional, com as pessoas ficando com alguma dificuldade de relacionamento após essas discussões, podendo criar sérias desarmonias no time, comprometendo a produtividade e o clima empresarial

      Após o experimento fizemos uma análise dos resultados com os líderes e a conclusão foi que, no trabalho e na empresa, devemos evitar temas polêmicos, ideológicos ou referentes a preferências pessoais como religião, esportes e outros.

      E quando a discussão se tornar necessária por se referir à realidade da empresa, seja na qualidade dos produtos ou serviços, ou relacionamento com clientes e fornecedores, a liderança deve trabalhar o mais possível com dados concretos, números e evidências para tentar evitar que as emoções assumam o comando.

 Pense nisso. Sucesso!

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