TRIO É PRESO APÓS APLICAR GOLPE DAS '3 TAMPINHAS'

13/07/2017 - 10:15

Três homens foram presos acusados de aplicar o “golpe das tampinhas” na região central de Bauru, na tarde do último domingo (9). O trio fez ao menos quatro vítimas, que chegaram a apostar, juntas, mais de R$ 1.500,00. A ocorrência foi registrada pelo delegado Richard Serrano como estelionato e associação criminosa. Ele explica que trata-se de um jogo realizado em uma mesinha com tampinhas (forminhas de metal, tipo para assar empadinhas) e uma bolinha de espuma.

Na prática, as tampinhas são movimentadas continuamente por um dos golpistas e debaixo de uma delas está, ou deveria estar, a bolinha. A competição consiste em adivinhar sob qual tampinha está a bolinha, apostando um determinado valor.
 
Segundo as supostas regras, a quantia apostada será perdida ou dobrada, dependendo dos acertos e erros do jogador. Segundo Serrano, o golpe é sempre conduzido por várias pessoas, cada uma delas com uma função específica, cujo objetivo é pegar o dinheiro das vítimas.
 
Os acusados Evaldo Batista, comerciante de 57 anos; Renato Villar Souza Oliveira, autônomo de 35 anos (ambos da cidade de Frutal, MG); e Jefferson Douglas da Silva, soldador de 43 anos (de Sertãozinho – SP) foram detidos pela PM na quadra 1 da rua Júlio Prestes.
 
Com os três, a polícia apreendeu R$ 6 mil, além de três bolinhas e três forminhas (tipo tampinhas). Enquanto a equipe policial revistava os suspeitos no Centro de Bauru, quatro pessoas se apresentaram como vítimas do trio.
 
Uma delas teria apostado R$ 1 mil com os golpistas – outras duas apostaram R$ 150,00 cada e uma terceira, R$ 450,00. “As vítimas eram induzidas ao erro quanto à localização das bolinhas sob as tampinhas”, detalha Serrano.
 
Ele destaca que os golpistas expunham parte da bolinha e, enquanto embaralhavam as tampinhas, as vítimas tinham a visão atrapalhada ou a atenção desviada, fazendo com que perdessem o contato visual com os objetos, que eram manipulados. “Assim, perdiam o jogo”.
 
HÁBIL
 
O delegado reitera que o golpista que conduz o jogo normalmente é muito hábil no manuseio das tampinhas e da bolinha. Assim, consegue esconde-las facilmente nas mãos sem ser visto, ou ele movimenta as tampinhas no último momento, de forma que o apostador perca.
 
O objetivo é fazer com que o jogador aposte o máximo possível para tirar dele todo o dinheiro. Por isso, se necessário, podem fazê-lo ganhar algumas vezes para incentivá-lo a continuar nas apostas. “A cada 10 jogadas, as vítimas ganham três e perdem sete”, enumera Serrano.
 
Segundo o delegado, os três confessaram que participaram em conluio da jogatina mediante simulação de ganhos, apontando Evaldo como o líder do grupo e aquele que ficava na posse dos valores arrecadados durante as rodadas do jogo.
 
Em defesa, os acusados alegaram que acreditavam que a prática não configurava crime e, sim, contravenção. Confirmaram ainda que montam barracas para executar o jogo em festas por todo o País, como rodeios e feiras agropecuárias. Eles foram recolhidos à Cadeia Pública de Avaí.
 
JCNET.
 

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